ACIP emite carta aberta sobre posicionamento em relação a manutenção do atendimento presencial no comércio de Piedade

 

A Associação Comercial e Industrial de Piedade – ACIP, entidade representante de seguimentos comerciais e industriais de nossa cidade, por meio de sua Diretoria, considerando a determinação do Governador do Estado de São Paulo de incluir a região de Sorocaba no plano de restrições mais severo de combate à pandemia de COVID-19, bem como, considerando o Decreto Municipal de nº 8.035, de 22 de janeiro de 2021, manifesta-se:

Inicialmente a ACIP reconhece o esforço das Autoridade Públicas no combate aos efeitos da pandemia de COVID-19, bem como não despreza o risco de vida causado pela doença.

Porém, as restrições da fase vermelha impostas pelo Governo do Estado de São Paulo à nossa região, determinando que somente serviços essenciais continuem a operar e que os demais seguimentos possam apenas funcionar de forma remota ou por meio de entregas domiciliares, é por demais danoso.

Lembramos que as restrições mais severas foram impostas no início da pandemia e duraram semanas, sendo que, posteriormente, o comércio e a indústria voltaram a funcionar normalmente, seguindo as orientações sanitárias.

Lembramos também que foram obedecidas as normas de controle pandêmico nos estabelecimentos comerciais e industriais e não registramos qualquer aumento significativo do número de casos em nosso Município.

O aumento, como é notório, se deu com as festividades de final de Ano, bem como, com aglomerações resultantes do período.

A verdade é que não há qualquer relação entre a continuidade das atividades comerciais e o aumento significativo dos casos de COVID-19.

Em sendo assim, não concordamos com a indiscriminada imposição levada à efeito pelo Excelentíssimo Governador do Estado de São Paulo, pois, evidentemente, não levou em consideração a causa primordial do aumento de infecções !!!

De outro lado, o País enfrenta a pandemia há quase um ano (!!!) sendo que somente há poucos dias iniciou-se o plano de vacinação, o que, por certo nos dá determinado alento ao ver a “luz no final do túnel”.

Mas os efeitos de tudo pelo que passamos ainda persiste.

Este ano de restrições levou inúmeros empresários e industriais à quebra, sendo que, num primeiro momento os auxílios governamentais minimizaram os danos, mas agora o cenário é outro.

Sem auxílio às pessoas menos favorecidas, sem qualquer auxílio do Governo do Estado quanto a diminuição de carga tributária, sem qualquer auxílio do Governo Federal quanto as relações de trabalho, por certo, os prejuízos serão incalculáveis.

Não nos opomos ao cuidado com a pandemia. De forma alguma.

Apenas não concordamos com a verdadeira punição aos empresários varejistas e industriais de Piedade pelo aumento do número de contaminados sem que haja qualquer relação da causa e efeito entre elas.

O Prefeito do Município de Piedade, com sua atitude, chamou a atenção para tal disparate, bem como chamou a atenção para o desamparo dos cidadãos de Piedade.

A presente Carta Aberta visa justamente chamar a atenção das Autoridades constituídas para que levem em consideração o que afirmamos e não punam os empresários varejistas de Piedade, justamente pelo simples fato de que as atividades comerciais de Piedade, obedecendo aos rigorosos protocolos de higiene, não foram e não serão responsáveis pelo aumento do número de infectados.

 

A Diretoria